Galego: A proposta da bandeira galega histórica do escudo de armas do Reino da Galiza está conformada polos elementos que conformam o escudo nacional da Galiza.
▪ O Escudo de Armas da Galiza:
O escudo de armas da Galiza faz parte dos símbolos nacionais da Galiza e uma das mais importantes representação da nação galega. Aparece documentado pola primeira vez em 1282 no Armorial Segar (Segar's Roll) da Inglaterra dedicado à representação das armas das principais casas reais européias. Ele está conformado por um escudo ao que se lhe pode agregar na parte superior uma coroa representando as diferentes dinastias reais galegas. O escudo inclui a representação dum cálice de forma similar ao cálice do Cebreiro, a hóstia que representa o sol e as sete cruzes celtas como elemento decorativo.
O seu desenho moderno foi elaborado pola Real Academia Galega em 1972. A RAG sugeriu-lhe na altura à Xunta de Galicia manter o escudo tradicional galego dentro da bandeira nacional moderna. O resultado foi a combinação de ambos símbolos junto com a coroa que simboliza a monarquia do Reino da Galiza. Esta é a bandeira que se usa nos actos do Governo e das instituições oficiais galegas. O seu uso vigora desde a aprovação da Lei 5/1984 de Símbolos de Galicia: "A bandeira de Galicia deverá levar cargado o escudo oficial cando ondee nos edifícios públicos e nos actos oficiais da Comunidade Autónoma"
A seguir explicamos cada uma das partes que conformam o escudo:
▪ O Cálice ou o «barco de pedra»:
Na sua interpretação pagã, o cálice representa o «barco de pedra», o símbolo do Fisterra, o útero da terra onde morre o sol e onde é transportado cara o além, cara o fim do mundo. O seu sentido polissémico permite interpretar o cálice do Cebreiro relacionado com o mítico rei bretão Artur, ou dentro da tradição Celta do caldeiro, expressão da fertilidade da terra.
A relação "entre o o caldeirão mágico e o cálice do Graal é evidente, por exemplo, no ciclo artúrico ou nos relatos galeses do Mabinogion. Nestas narrações míticas o Graal herda as virtudes que possuía o caldeirão de Dagda, como objeto capaz de curar e ressuscitar os heróis" RODRÍGUEZ FERNÁNDEZ (2010)
Na tradição Galaico-Celta, os guerreiros levam caldeirões, o que lhes permite ficar no mundo dos vivos e não ultrapassar a porta que os deixaria no mundo dos mortos. Esta representação é similar à que aparece no caldeirão de Gundestrup.
▪ A Hóstia e a morte do sol no Fisterra Atlântico:
Como símbolo pagão, a Hóstia que desce para o Cálice, simboliza o sol antes de morrer no Atlântico, no Fisterra, onde termina a terra. Nas antigas religiões atlânticas e indo-europeias de raiz pagã, o deus sol morre no mar e é levado num «barco de pedra» ao fim do mundo, para voltar a reaparecer ou voltar da morte no dia seguinte. É uma representação galega de tradição milenar.
▪ As Sete Cruzes Celtas:
Na tradição Galaica, o número sete, representa o Tudo, a totalidade referida à esfera divina e não humana. O mundo perfeito do divino.
As cruzes celtas são agregadas ao escudo de armas como elemento decorativo já a partir do S. XVI. Outra interpretação indica que as sete cruzes em volta do cálice representam o setestrelo, as plêiades, o símbolo do norte, dos ártabros. Uma terceira interpretação menos consistente diz que as sete cruzes poderiam representar dioceses do antigo Reino da Galiza.
▪ A Coroa das Dinastias Reais Galegas (não se inclui na Bandeira Galega Histórica do Escudo de Armas do Reino da Galiza):
A coroa dourada aberta pola parte superior e com motivos vegetais representa as diferentes dinastias históricas do Reino da Galiza. Ela inclui, além dos motivos vegetais em forma curvilínea, uma pequena rosácea galaica de seis pétalas na parte central da frente, que representa o equilíbrio das energias positiva e negativa da rosa que gira para esquerda e da que gira para a direita.
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-- MAIS INFO:
- Barbosa Álvarez, J. M. (2011) Bandeiras da Galiza. Santiago de Compostela: Ed. Através - González Pérez, C. (1993) A coca e o mito do dragón. Vigo: Ed. Ir Indo. - Rodríguez Fernández, T. (2010) A bandeira sueva do Reino da Gallaecia revista. Revista Agalia. Nº 102 / 2º Semestre (2010). pp. 221-241 [Descargar em .PDF: is.gd/qvfXdO] - Iniciativa pola bandeira galega: www.bandeiragalega.com [Acesso: 15 Julho 2014]
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